O presidente da CPI da Covid, o senador Omar Aziz, protocolou pedido nesta quarta-feira (2) para que Gol, Latam e Azul forneçam os registros de voos de São Paulo a Brasília feitos pela médica Nise Yamaguchi.
De acordo com informações do UOL, as companhias devem colaborar com a CPI. Apesar dos dados dos passageiros serem confidenciais, podem ser abertos por solicitação oficial das autoridades competentes.
As companhias Azul e Latam revelaram que, caso sejam acionadas, vão colaborar. A Gol, por sua vez, não respondeu ao questionamento da Folha se vai ou não fornecer os dados.
A justificativa do pedido é que os itinerários de viagem da médica podem ajudar a esclarecer a participação da médica em reuniões com o governo federal, no âmbito daquilo que tem sido chamado de "ministério paralelo" e que orientava o presidente Bolsonaro (sem partido) sobre quais decisões tomar diante da pandemia.
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Após tentar se distanciar do tema, a oncologista Nise Yamaguchi revelou em depoimento à CPI do Genocídio nesta terça-feira (1) que mantinha contato frequente com o presidente Jair Bolsonaro. A declaração foi feita após ela ser confrontada por vídeos exibidos pelo senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), vice-presidente da CPI.
"Estive conversando com ele [Bolsonaro] diversas vezes”, admitiu Nise. “Frente a essas questões [virtuais], sim [é frequente]. Com relação a uma presença física, pessoal, não”, completou.
“Diretamente nós estivemos conversando, junto a outras pessoas, em torno de 4 a 5 vezes”, disse ainda.