Uma operação com 200 policiais civis que teve início às 5h50 desta quinta-feira (6) na comunidade do Jacarézinho, na zona norte do Rio de Janeiro, já deixa ao menos 25 mortos, entre eles o agente André Frias, da Delegacia de Combate às Drogas, que foi baleado na cabeça. Duas pessoas que estavam dentro de um vagão da linha 2, na altura da estação Triagem, foram baleadas e sobreviveram.
Nas redes sociais, moradores da região divulgaram vídeos e mostraram o ambiente de terror em meio ao intenso tiroteio entre policiais e traficantes. Há informações que ao menos três moradores foram atingidos em meio ao tiroteio. Até o momento, a polícia não revelou o nome das 24 pessoas mortas, além do policial.
Segundo a plataforma digital Fogo Cruzado, que registra dados de violência armada no Rio, a ação registra o maior número de mortes pela polícia em uma comunidade desde o início dos levantamentos, desde julho de 2016, quando o estudo começou.
A operação da polícia fluminense descumpre decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que em julho de 2020 suspendeu todas as ações policiais em favelas durante a pandemia - à exceção de "hipóteses absolutamente excepcionais".
Segundo a Polícia Civil, a Operação Exceptis investiga o aliciamento de crianças e adolescentes para ações criminosas, como assassinatos, roubos e até sequestros de trens da Supervia. A polícia afirma que o tráfico da região adota táticas de guerrilha, com armas pesadas e “soldados fardados”.