O garimpeiro Gilson Spier, também conhecido como "Polaquinho", e que foi preso pela Polícia Federal do Pará no último dia 13 de maio acusado de manter um esquema de invasão e extração ilegal de ouro da Terra Indígena Munduruku, no Pará, é filiado ao Democratas (DEM), no diretório de Jacareanga (PA), desde 2011.
Além disso, Polaquinho possui um canal no YouTube onde mantém vídeos exibindo armamento pesado e equipamentos de garimpo. Procurado pela reportagem do Brasil de Fato, o Democratas não se pronunciou sobre a prisão de seu filiado.
De acordo com a Polícia Federal, Spier é dono de um helicóptero, armas e maquinário que garantem a segurança de garimpeiros que invadem o território Munduruku e exercem atividade extrativista ilegal. Os equipamentos serviam para ampliar ou abrir novas áreas de garimpo.
Em um dos vídeos postado em seu canal, Spier aparece com duas pistolas na mão e exibe armamento que seria de uso do gripo que pratica invasões. “Fuzil e 12 (armamento de alto calibre)? Ah meu Deus do céu”, exclama o homem que grava o vídeo. Uma farta munição é mostrada também.
Gilson Spier foi preso no dia 13 de maio, em Jacareacanga. Ele estava foragido desde o dia 22 de abril, quando a Polícia Federal estourou a Operação Divitia. Spier teve dois carros de luxo apreendidos pelos agentes e um helicóptero.
Spier é o responsável por organizar um ataque a uma associação de mulheres Mundurukus, após serem impedidos de entrar no território. Durante a operação, a equipe de Polaquinho tentou usar indígenas para negociar a instação do garimpo.
A Polícia Federal denunciou cinco indígenas por mineração ilegal, crime contra o patrimônio da União e associação criminosa. São eles: Waldelirio Manhuary, apontado como líder do grupo, Josias Manhuary, Adailton Pago, Francisco Xiri e Zenobio Manhuary.
A legalização da extração de minérios em terras indígenas é uma promessa antiga do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e está frequentemente na boca de Ricardo Salles.
Com informações do Brasil de Fato.