"Não se deixe contaminar pelo ódio", diz Papa Francisco em carta ao pai de Henry Borel

"O Santo Padre recebeu a carta, triste e aflita, que lhe enviou contando nela as horas amargas que vive o povo brasileiro e também a loucura humana que levou ao massacre do pequenino Henry Borel", diz a carta do Papa a Leniel

Leniel e o filho, Henry Borel (Reprodução)
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O papa Francisco respondeu a uma carta enviada pelo engenheiro Leniel Borel, pai de Henry Borel, que foi assassinado no dia 8 de março aos 4 anos. A mãe do menino, a professora Monique Medeiros da Costa e Silva e seu namorado, o médico e vereador Jairo Souza Santos Júnior, o Dr. Jairinho (sem partido), estão presos denunciados pelo crime.

"O Santo Padre conta com Leniel e Noeme para contrastar a cultura da indiferença e do ódio que sente crescer ao seu redor, não se deixe contaminar pelo ódio, transformando-se a sua imagem e semelhança. Seja do número das pessoas que se recusam a entrar no circuito do ódio, que se recusam a odiar aqueles que lhes fizeram mal, dizendo-lhes: 'Não tereis o meu ódio'. Desde modo, ajudará a parar o mal, como fez Abraão quando pediu a Deus para não exterminar os justos com os culpados”, diz o papa na carta, divulgada em parte pelo jornal O Globo.

A carta foi entregue a um parente de Leniel que mora em Portugal no dia 24 de abril e mostra que a família, que é católica, entrou em contato com o papa após o assassinato de Henry.

"O Santo Padre recebeu a carta, triste e aflita, que lhe enviou no dia 14 deste mês de abril, contando nela as horas amargas que vive o povo brasileiro e também a loucura humana que levou ao massacre do pequenino Henry Borel", diz o texto, em que o papa se solidariza com Leniel e com Noeme Camargo, avó do garoto.

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