A advogada Thaise Mattar Assad, que representa Monique Medeiros no caso da morte do filho dela, Henry Borel, afirma que a mãe do menino foi pressionada pelo namorado, o vereador Dr. Jairinho, para seguir um "enredo único" durante as investigações. A defesa alega que Monique cumpriu ordens do companheiro ao pedir para que a babá Thayná Ferreira apagasse todas as mensagens de seu celular.
Thayná foi quem alertou Monique sobre as agressões de Jairinho contra Henry, algo que se tornou peça chave nas investigações do caso. A babá do menino afirmou em depoimento no último dia 12 que foi obrigada pela mãe do menino a apagar todas as mensagens do celular trocadas entre as duas e Jairinho.
Em entrevista à coluna de Juliana dal Piva, no UOL, a advogada de Monique afirma que "ela foi treinada por diversos momentos para fazer o depoimento dela e montaram um enredo único que todos deveriam aderir para que o Jairinho não fosse prejudicado".
"Ela foi orientada a aderir a um enredo único, uma versão falsa a respeito dos fatos e as atitudes dela, posteriores, foram no sentido de cumprir essa obrigação", completou Thaise.
O pedido de Monique à babá teria acontecido no escritório do advogado André França, dias após a morte de Henry. Enquanto aguardava ser chamada, a mãe de Henry e Thayná ficaram sozinhas em uma sala, momento em que Monique teria dito que, quando fosse depor, era para a funcionária falar que nunca havia visto e ouvido nada. Em seguida, teria pedido para ela apagar todas as mensagens do celular.
Em depoimento, Thayná conta ainda que Monique pediu para ela não relatar as brigas do casal e nem as agressões que o menino estaria sofrendo. As mensagens apagadas, no entanto, foram recuperadas pela investigação do caso.