A Justiça de São Paulo condenou a Igreja Mundial do Poder de Deus, do pastor bolsonarista Valdemiro Santiago, a indenizar o cabeleireiro Jonas de Freitas, de 50 anos, por racismo. Ele diz ter sido humilhado por seguranças da unidade do templo no Brás, em São Paulo.
Em outubro de 2020, Freitas conta que foi abordado de modo grosseiro e ostensivo por três seguranças do templo enquanto orava no local de joelhos e com os braços para o alto. Segundo o cabeleireiro, os seguranças alegaram que tinham recebido uma denúncia e que ele era “suspeito”. Os homens ainda teriam tomado a mochila do fiel e despejado todo o conteúdo no chão.
"Vilipendiaram grosseiramente o meu direito mais sagrado, de ficar em paz recolhido em oração", afirmou Freitas à Justiça. O cabeleireiro destaca que solicitou aos seguranças que a revista fosse feita em uma sala reservada, mas o pedido não foi atendido.
A Igreja Mundial negou as acusações de racismo. O juiz Guilherme Ferreira da Cruz, da 45ª Vara Cível Central de São Paulo não aceitou a argumentação e condenou a igreja por danos morais. Freitas queria R$ 80 mil de indenização, mas a punição estabelecida foi de R$ 5 mil.
Com informações da coluna de Rogério Gentile, no UOL