Policiais civis de uma delegacia do Deic (Departamento Estadual de Investigações Criminais) de São Paulo são suspeitos de vender proteção a donos de cassinos, tanto na capital quanto em cidades próximas, de forma a manter o funcionamento das casas de jogos. Entre os cassinos beneficiados estaria o local onde o jogador Gabigol, atacante do Flamengo, foi detido. A informação é da Folha de S.Paulo.
Além de atuar para manter o funcionamento das casas, há também a suspeita de que o grupo de policiais estaria atacando endereços ligados aos concorrentes, com diversas operações, de forma a criar um monopólio do setor. Os policiais teriam recebido uma quantia superior a R$ 1,5 milhão mensais pelos supostos serviços de proteção.
A Corregedoria da Polícia Civil instaurou um inquérito para apurar o envolvimento dos agentes com esses empresários. Segundo a Folha de S.Paulo, o procedimento já levou ao afastamento de alguns policiais ligados a essa delegacia do Deic no início do ano.
O atacante do Flamengo foi detido na madrugada do último dia 14 em uma festa com cerca de 200 pessoas em um cassino clandestino na Vila Olímpia, bairro nobre da zona sul de São Paulo. Segundo o deputado federal Alexandre Frota (PSDB-SP), Gabigol tentou se esconder embaixo de uma mesa no momento da ação da polícia.