Frieza: após enterro, mãe de Henry procurou por cursos de inglês e culinária

Funcionários do cemitério onde o menino foi enterrado ficaram surpresos com a postura de Monique Medeiros: "Não derramou uma lágrima"

Vereador Jairinho e mãe de Henry em entrevista ao Domingo Espetacular (Reprodução)
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Após enterrar o filho, Henry Borel, de 4 anos, Monique Medeiros procurou cursos de culinária e inglês, segundo a Polícia Civil. O jornal O Dia, que teve acesso a mensagens, em 8 de março, às 19h24, revelou que apenas três horas após enterrar o corpo de Henry no cemitério do Murundu, em Realengo, Monique recebeu mensagem de um curso de inglês, em seu WhatsApp: "Olá, boa noite! Ainda dá tempo de voltar a estudar na (nome do curso). Faça matrícula essa semana (até 12/03) e ganhe desconto de 40% para o curso todo". Monique, então, demonstrou interesse, e perguntou: "Presencial?". Em seguida, ela recebeu mais informações.

Outra mensagem do celular da mãe de Henry mostrou ela interessada por um curso de culinária nem 24 horas depois do enterro. Por meio do Instagram, ela enviou mensagem direta a uma professora de gastronomia: "Lorena, boa tarde. Sou Monique Medeiros, tenho interesse em fazer aula prática com você. Como faço para entrar na lista de espera? Um grande beijo em seu coração". A professora, então, respondeu com as informações. Essa troca de mensagens ocorreu no mesmo dia em que Monique foi ao salão fazer cabelo, pé e mão, num shopping, de acordo com O Dia.

Repórteres do jornal O Dia foram até o cemitério, onde o menino foi enterrado e conversaram com os coveiros que disseram ter notado a frieza da mãe ao se despedir da criança. "Ela estava toda arrumada, de preto, óculos escuros, salto alto. Muito arrumada e não derramou uma lágrima. Parecia conformada", afirmou um funcionário. Já o pai, Leniel Borel, era o mais abalado, segundo os entrevistados e vestia camiseta com a foto do Henry e ao se despedir teria gritado: "Henry, isso não vai ficar assim".

Babá muda depoimento

A babá do menino Henry Borel voltou atrás e admitiu que sabia das agressões do vereador Jairo Souza Santos Junior, o Dr. Jairinho, contra a criança. Em novo depoimento, Thayná de Oliveira Ferreira confessou que, temendo retaliações, mentiu na primeira versão sobre o caso a pedido dos patrões.

No primeiro depoimento, concedido em março, Thayná negou ter conhecimento das agressões de Jairinho a Henry. Na ocasião, a polícia ainda não tinha descoberto a troca de mensagens entre ela e a mãe do menino, Monique Medeiros, namorada do vereador.

O vereador foi preso na última quarta-feira (8) acusado de ter assassinado a criança. A mãe do menino também foi presa, acusada de tentar atrapalhas as investigações.

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