A Polícia Federal realizou nesta sexta-feira (12) a Operação Shalom, que tem como principal alvo um pastor investigado por supostas ofensas à comunidade judaica. A PF cumpre dois mandatos de busca e apreensão expedidos pela 8ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro.
As investigações tiveram como ponto de partida a publicação de vídeos publicados pelo pastor Tupirani da Hora Lores onde o líder religioso pede um novo holocausto.
Os vídeos publicados pelo pastor tiveram repercussão internacional e alimentaram "o ódio e a intolerância racial", segundo a Polícia Federal.
Tupirani da Hora Lores responderá pela prática, indução ou incitação a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional, quando o discurso de ódio é proferido por meios de comunicação. A pena pode chegar a cinco anos de prisão e também o pagamento de multa.
De acordo com a Polícia Federal, essa não é a primeira vez que o pastor responde por tais crimes, ele já havia sido condenado por prática e incitação à discriminação religiosa.
Pastor Tupirani da Hora Lores também já promoveu ódio contra a comunidade LGBT
O pastor da Igreja Pentecostal Geração Jesus Cristo, no Rio de Janeiro, Tupirani da Hora Lores, voltou a pregar contra judeus neste mês. O pastor, que foi condenado em 2012 por intolerância religiosa, pediu a Deus em culto que “massacre” os judeus como na Segunda Guerra Mundial.
“Deus da igreja, massacra eles. Que sejam envergonhados como na Segunda Guerra e não consigam forças para levantar. Malditos sejam os judeus, que cuspiam e continuam assassinando Jesus Cristo até hoje”, disse Tupirani.
“Pisa-os como vermes que são. Está escrito, nem judeu, nem grego, nem troiano. Para Deus, o que importa é uma nova criatura”, continuou.
Em outro vídeo, Tupirani aparece pregando contra homossexuais. “Homossexualismo é possessão demoníaca. Fica essa mentalidade de que é normal dentro dos colégios, que não pode discriminar. Pode e deve discriminar. Se eu tivesse uma empresa, eu não admitiria um homossexual”, afirma.