Pai e madrasta de menino preso em barril viram réus por tortura

Justiça aceitou denúncia do MP, que incluía ainda filha da madrasta; laudo aponta lesões por “agentes corto-contundentes” na criança

Foto: Paraíba Debate
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A Justiça aceitou a denúncia do Ministério Público de São Paulo (MP-SP) contra três pessoas contra um menino de 11 anos encontrado acorrentado dentro de um barril em Campinas (interior de SP). Com isso, o pai, a madrasta da criança e a filha desta última viraram réus por tortura.

Na denúncia acolhida pela Justiça, a promotora Adriana Vacare Tezine cita o resultado de exame de corpo de delito, que apontou na criança lesões causadas por agentes contundentes e corto-contundentes.

O garoto foi encontrado pela Polícia Militar preso em um barril na casa da família no dia 30 de janeiro. Os policiais constataram que ele era mantido acorrentado dentro do barril, que ainda era fechado com uma tampa de mármore, para que não fugisse.

Em depoimento à Delegacia da Mulher, o garoto contou que estava preso havia pouco mais de um mês como castigo por ter pegado comida que não era autorizado. Foi esse o “crime” que ele teria cometido, na visão de seus responsáveis, para merecer tal punição.

A criança foi levada para um hospital com quadro de desidratação severa e estava muito magra. Isso apesar de haver fartura de comida na residência, segundo laudo elaborado no dia do resgate.

O menino foi deixado com a família por sua mãe biológica há cerca de sete anos, pois ela alegava que o homem era seu pai. Exames constataram que ele não era, mas mesmo assim o homem adotou o menino por vias legais.