Promotoria denuncia pai, madrasta e filha dela por tortura no caso do menino acorrentado no barril

Garoto de 11 anos foi encontrado pela polícia de Campinas preso e desnutrido, embora casa tivesse fartura de comida, segundo laudo

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O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) ofereceu denúncia nesta sexta-feira (12) contra três pessoas por tortura contra um menino de 11 anos encontrado acorrentado dentro de um barril em Campinas (interior de SP).

O pai, a madrasta da criança e a filha desta última foram denunciados pelo crime de tortura pela promotora Adriana Vacare Tezine. A peça cita o resultado de exame de corpo de delito, que apontou na criança lesões causadas por agentes contundentes e corto-contundentes.

Se a Justiça aceitar a denúncia como foi proposta, o pai da criança também responderá por abandono intelectual. Isso porque ele não matriculou nem manteve o filho na escola durante o ano de 2020.

O garoto foi encontrado pela Polícia Militar na casa em janeiro. Os agentes constataram que ele era mantido acorrentado dentro do barril, que ainda era fechado com uma tampa de mármore, para que não fugisse. No barril, encontraram fezes e cascas de banana.

A criança foi levada para um hospital com quadro de desidratação severa e estava muito magra. Isso apesar de haver fartura de comida na residência, segundo laudo elaborado no dia do resgate.

O menino foi deixado com a família por sua mãe biológica há cerca de sete anos, pois ela alegava que o homem era seu pai. Exames constataram que ele não era, mas mesmo assim o homem adotou o menino por vias legais.