Trabalho escravo: MPT-RS apura se galinheiro desativado era usado como alojamento

Fiscalização investiga denúncia de condições precárias de trabalho na colheita de uvas em propriedade rural em Bento Gonçalves

Alojamento encontrado na propriedade (Foto MPT-RS/Divulgação)
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O Ministério Público do Trabalho do Rio Grande do Sul (MPT-RS) investiga se trabalhadores que atuam na colheita de uvas em uma propriedade em Bento Gonçalves, na Serra Gaúcha, eram alojados em um aviário desativado. A fiscalização esteve no local nesta quarta-feira (10) para apurar denúncia de trabalho análogo à escravidão.

Além dos integrantes do MPT, a fiscalização da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego também foi à propriedade. Eles estavam acompanhados de agentes da Brigada Militar, a PM gaúcha.

No local, a fiscalização encontrou, no interior de um aviário desativado, um alojamento que supostamente vinha sendo utilizado por trabalhadores,  conforme indícios e informações coletados. O lugar era sujo, de terra batida, e não apresentava condições mínimas de higiene e conforto. Desta forma, segundo o MPT-RS, não poderia ser usado para a habitação humana. No momento da fiscalização, o alojamento não estava sendo ocupado pelos trabalhadores, motivo pelo qual não houve resgate.

A fiscalização trabalhista ainda está em curso. O empregador foi notificado para regularizar a situação e a documentação dos trabalhadores que atuavam na colheita da uva. Ele ainda deverá explicar a própria existência do alojamento na propriedade. O MPT instaurou Inquérito Civil para apurar os fatos.