Home office é alvo de cibercriminosos, diz empresa que descobriu megavazamento de dados

Além de informações de mais de 220 milhões de CPFs, PSafe identificou que mais de 100 milhões de contas de celular estão expostas na deep web; autoridade diz que está investigando

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Os vazamentos de dados empresariais estão cada vez mais frequentes e os funcionários em home office são os alvos preferenciais de cibercriminosos. O alerta foi dado pela empresa de segurança digital PSafe em nota nesta quarta-feira (10).

A empresa foi a responsável por identificar o megavazamento de dados de mais de 220 milhões de CPFs de brasileiros, há mais de três semanas. Além disso, divulgou nesta semana que constatou que mais de 100 milhões de contas de celulares também estão com as informações expostas, e à venda, na deep web. Há inclusive dados de uma conta do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disponíveis.

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O presidente da PSafe, Marco DeMello, disse na nota que a maneira como tais dados foram obtidos pelos hackers ainda não está clara para a equipe da empresa. “O que podemos afirmar é que os vazamentos de dados empresariais têm sido cada vez mais frequentes e os colaboradores em home office têm sido o principal alvo dos cibercriminosos”, afirmou. Em sua visão, essa é “uma briga injusta para as empresas”, pois basta um dispositivo desprotegido e uma ameaça bem-sucedida para que um vazamento ocorra. “A proteção aos dados precisa ser ativa em tempo integral”, explica.

Os dados foram descobertos pela equipe do dfndr enterprise, laboratório de cibersegurança da PSafe e responsável pelo produto da empresa para evitar vazamentos. A empresa diz que mantém monitoramentos constantes na deep web para identificar vazamentos de dados.

Investigação

A Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) informou, nesta quinta-feira (11), que está apurando as informações sobre o novo vazamento identificado, desta vez das contas de celular.


“A ANPD está tomando todas as providências cabíveis”, diz a nota. O órgão afirma ter oficiado a Polícia Federal, a empresa que noticiou o fato e as empresas envolvidas, “para investigar e auxiliar na apuração e na adoção de medidas de contenção e de mitigação de riscos relacionados aos dados pessoais dos possíveis afetados”.