Um vídeo divulgado nas redes sociais por uma policial militar lotada no município de Barueri, na Região Metropolitana de São Paulo, despertou a indignação de muitos cidadãos paulistas e fez com que o Comando da PM determinasse uma investigação por parte da Corregedoria para apurar a conduta da agente e de seu parceiro de trabalho.
O vídeo, que começou a ser veiculado nos últimos dias, inicia com imagens internas de uma viatura, que é conduzida em alta velocidade numa rodovia, em meio ao trânsito. A sirene do carro chega a ser acionada, como se os policiais estivessem com pressa para atender a uma ocorrência.
Já no quadro seguinte, uma PM cujo nome legível na farda é Ligia Lima, diz em tom irônico, ainda dentro da viatura: “Parabéns para vocês que acompanharam os stories até aqui, mas não era nada, não, tá?”. Por fim, numa terceira parte, a mesma servidora aparece dizendo “Achei que não ia dar tempo de comprar meu sorvete”, momento que o colega abre a porta traseira do veículo policial e ela põe duas sacolas, uma delas com um pote de sorvete branco com tampa vermelha, no banco de trás do carro oficial.
A troça da dupla de PMs repercutiu muito mal nas redes e fez com que o Comando da Polícia Militar de São Paulo determinasse à Corregedoria da corporação uma apuração para saber por que os agentes se comportaram daquela forma. Os coronéis que chefiam o policiamento no estado querem, inclusive, criar uma espécie de código de conduta para utilização de redes sociais por agente de segurança, uma vez que outros casos de compartilhamento de informações para o público já andaram causando problemas para a Secretaria de Segurança Pública, como o do coronel Aleksander Lacerda, que fez postagens criticando o governador João Doria e enaltecendo o presidente Jair Bolsonaro, e a do sargento Renato Tamaki, que às vésperas do feriado de 7 de setembro chamou os participantes das marchas golpistas lideradas pelo presidente extremista de “cornos”.
Veja o vídeo: