A 1ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), composta pelos ministros Dias Toffoli, Luís Roberto Barroso, Rosa Weber e Cármen Lúcia, além de Alexandre de Moraes, que não votou, decidiu por unanimidade que o caminhoneiro bolsonarista Zé Trovão deve permanecer preso, sem direito a habeas corpus.
Marcos Antônio Pereira Gomes, nome de batismo do líder radical seguidor de Jair Bolsonaro, permanecerá no presídio de Joinville, em Santa Catarina, onde está desde que se entregou à Polícia Federal, em 26 de outubro, após ficar meses foragido da Justiça no México. Ele é acusado de ser um dos organizadores dos motins golpistas liderados pelo presidente da República extremista para o feriado da Independência, em 7 de setembro, que naufragaram e revelaram ao país a fragilidade e o isolamento institucional do ocupante do Palácio do Planalto.
O julgamento, que começou em 3 de dezembro no plenário virtual do STF, foi concluído nesta tarde. O ministro Alexandre de Moraes declarou-se impedido de votar, visto que o mandado de prisão de Zé Trovão foi expedido por ele.
Os magistrados da corte mais alta do Judiciário brasileiro também negaram um pedido de prisão domiciliar, com monitoramento com por tornozeleira eletrônica, sob o argumento de que os advogados de defesa do caminhoneiro não apresentaram nenhuma prova de ilegalidade flagrante no curso do processo.