Dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) indicam que, pela primeira vez, o preço médio do gás de cozinha ultrapassou os R$ 100.
Em algumas regiões, como no município de Sinop, no Mato Grosso, foi encontrado a R$ 135 na semana entre 10 e 16 de outubro. Na média, o preço ficou em R$ 100,44.
Nas duas últimas semanas, também de acordo com a ANP, o aumento do preço médio da gasolina vendida nos postos do país foi de 3,33%, passando de R$ 6,117 para R$ 6,321. No ano, a alta acumulada é de 40,9%.
Na região Norte, foi encontrado o maior valor médio de preço do botijão de 13 quilos: R$ 106,10. No Centro-Oeste chegou a R$ 105,40, no Sul a R$ 103,67, no Sudeste a R$ 98,86 e, no Nordeste, o preço médio ficou em R$ 98,34.
Já em relação à gasolina, o preço mais alto continua sendo registrado em Bagé, no Rio Grande do Sul, a R$ 7,499 o litro. O mais baixo foi encontrado a R$ 5,299 em Cotia, São Paulo.
O preço do botijão de gás é o maior do século quando relacionado ao salário mínimo, atualmente em R$ 1.192,40. O valor médio, de R$ 100,44, corresponde a quase 9% do salário mínimo. A partir de 2006, durante o governo Lula, a relação caiu para menos de dois dígitos e chegou a 5,7% em 2015.
Bolsonaro, para justificar os aumentos, coloca a culpa nos governadores, informando que a alta se deve ao ICMS, imposto cobrado pelos estados. Esse argumento, no entanto, não passa de mais uma fake news do presidente.