O Tribunal de Justiça de São Paulo aceitou uma queixa-crime do guru bolsonarista Olavo de Carvalho contra o historiador Marco Antonio Villa por injúria, calúnia e difamação. Autor de ofensas frequentes nas redes sociais, Olavo ficou incomodado porque Villa o chamou de "pornofilósofo", marginal, traidor da pátria e falastrão em entrevistas e vídeos.
A queixa-crime chegou a ser recusada na primeira instância, mas os desembargadores da 8ª Câmara de Direito Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo reformaram a decisão e reconheceram a admissibilidade da acusação. O mérito da ação ainda não foi julgado.
Entre as falas de Vill apontadas pelos advogados de Olavo no processo estão: "Ele é um enganador, falastrão. Só escreve palavrões no Twitter"; "Ele é um marginal. Eu chamo ele de Jim Jones da Virgínia"; "Um canastrão, não é filósofo. Parou na antiga primeira série do ginásio, que seria hoje a quinta série do ensino fundamental, é um enganador"; “É o projeto de extremismo de direita que tem um pornô filosófico como guru”.
Para a defesa do guru bolsonarista, as declarações ultrapassaram a liberdade de expressão. O advogado de Villa alega que o historiador fez o que Olavo faz, uma "crítica ácida", e diz que vai recorrer.
Com informações da Folha