O Ministério Público do Rio Grande do Norte (MP-RN) produziu um dossiê de 65 páginas com dados pessoais e fotografias de um grupo de 23 policiais que integram o movimento "Policiais Antifascismo" do estado.
De acordo com reportagem do UOL, o documento foi concluído no dia 29 de abril e contém informações sobre 20 policiais militares, dois policiais civis e um bombeiro. Ele foi produzido a pedido do promotor de Justiça Wendell Beetoven Ribeiro Agra, de Natal.
O relatório segue na mesma linha do que foi produzido pelo Ministério da Justiça, no último dia 24. A pasta realizou um levantamento secreto com nomes de 579 agentes de segurança do "movimento policiais antifascismo" e quatro professores citados como "formadores de opinião".
Em relação ao dossiê do RN, a investigação foi anunciada pelo MP e os policiais tiveram acesso ao conteúdo, por meio de seus advogados. De acordo com o órgão, o objetivo do relatório é "identificar uma possível organização paramilitar ou milícia particular ou partidária".
O promotor já havia aberto, em 29 de março, um procedimento preparatório para apurar a atuação de agentes que vinham se manifestado contra atos bolsonaristas que exigiam o fim do isolamento social.