O alemão Klaus Berno Fischer, de 73 anos, que foi preso na última quinta-feira (13) em Seropédica, na baixada fluminense, oferecia comida, como sorvetes e lasanhas, e até R$ 50 para crianças, entre 10 e 14 anos, se fantasiarem e gravarem cenas pornográficas que eram distribuídas por ele na deep web, a zona obscura da internet.
Segundo depoimentos das vítimas, revelados nesta quarta-feira (19) por Rafael Soares no jornal Extra, Fischer obrigou duas meninas a se fantasiarem como indígenas e gravou as crianças fazendo sexo numa área de mata.
Dono de uma agência de turismo - que, segundo a polícia, pode ter sido usada para promover turismo sexual -, o alemão está no Brasil desde a década de 80 e ganhava a vida vendendo os vídeos pornográficos com crianças na rede.
"Ele vivia disso, esse era o ganha-pão dele. Já sabemos que algumas vítimas dele já foram aliciadas há cinco anos. Ele começou a usar essa casa, em Santíssimo, há seis anos. Mas temos provas de que antes ele já fazia filmagens em outros lugares", disse o delegado Luís Mauricio Armond.
Na semana passada, a polícia encontrou as fantasias e objetos das filmagens em um estúdio em Santíssimo, na Zona Oeste do Rio, próxima a comunidade Cavalo de aço.
Fischer foi autuado por estupro de vulnerável e pelos artigos do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) que tipificam o crime de produção e venda de material pornográfico envolvendo crianças ou adolescentes.