Após dossiê antifascista, Brasil pode ser incluído em "lista suja" da ONU

Documento expõe governos que promovem "intimidações" contra ativistas, professores, servidores ou qualquer outra pessoa da oposição

André Mendonça e Jair Bolsonaro (Foto: Isaac Amorim/MJSP)
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O dossiê contra agentes de segurança e professores antifascistas, elaborado pelo Ministério da Justiça, chegou ao conhecimento de relatores da Organização das Nações Unidas (ONU). Uma das possíveis consequências é o Brasil ser colocado em uma espécie de "lista suja" da instituição.

De acordo com reportagem de Jamil Chade, no UOL, a lista engloba governos que promovem "intimidações". A secretaria-geral produz um informe todos os anos sobre governos que perseguem ativistas, professores, funcionários ou qualquer pessoa da oposição.

Em 2019, por exemplo, o relatório citou episódios envolvendo a Venezuela, China, Egito, Irã e Arábia Saudita. O documento também trouxe casos na Argélia, Bahrein, Benin, Cuba, Hungria, Sri Lanka, Israel e Iemen.

Além da inclusão na "lista suja", relatores também devem enviar uma carta oficial ao governo brasileiro cobrando esclarecimentos pelo dossiê.

O Ministério da Justiça já acumula 37 denúncias de violações de direitos humanos no Brasil, apenas em 2019, nos órgãos oficiais da ONU.