A operação anunciada nesta quarta-feira (8) pelo Facebook, que derrubou uma rede de fake news e perfis falsos ligada ao clã Bolsonaro, cita Tércio Arnaud Thomaz como um dos principais responsáveis pela divulgação dos conteúdos de desinformação e discurso de ódio. Tércio é assessor especial do presidente Jair Bolsonaro e integra o “gabinete do ódio”, por indicação do vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ).
Especialistas da plataforma identificaram que ele é o responsável pela página Bolsonaro Opressor 2.0, com mais de 1 milhão de seguidores, e pela conta @bolsonaronewsss, no Instagram, com 492 mil seguidores e 11 mil posts.
Mais cedo nesta quarta, o Facebook anunciou a derrubada da rede ligada ao PSL e a funcionários dos gabinetes do presidente, do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e dos deputados estaduais bolsonaristas Anderson Moraes (PSL-RJ) e Alana Passos (PSL-RJ).
No total, os técnicos da rede social identificaram 35 contas, 14 páginas e 1 grupo, além de 38 contas no Instagram, que pertence ao Facebook. O grupo contava com 350 participantes. Já as páginas no Facebook somavam 883 mil seguidores, e os perfis do Instagram, 917 mil.
O Facebook anunciou a remoção em uma transmissão online para jornalistas. Trata-se de uma operação global para combater redes de desinformação que operavam através da plataforma em vários países. Além do Brasil, foram derrubadas redes em Estados Unidos, Ucrânia, El Salvador, Argentina, Uruguai, Venezuela, Equador e Chile.
De acordo com fontes ligadas ao Palácio do Planalto, além de Tércio, de 31 anos, compõem o gabinete do ódio organizado por Carlos Bolsonaro os assessores José Matheus Sales Gomes, 26, e Mateus Matos Diniz, 25. O grupo fica no terceiro andar do Palácio, em sala a poucos metros do gabinete do presidente.