Apesar de terem apagado perfis nas redes sociais, Nívea Del Maestro e Leonardo Barros, casal que atacou um fiscal da Vigilância Sanitária no Rio de Janeiro, deixou pistas que indicam que eles são apoiadores do presidente Jair Bolsonaro - que critica as medidas de isolamento e tem procurado flexibilizar a obrigatoriedade do uso de máscaras de proteção.
Nívea, que foi demitida da empresa em que trabalhava após a repercussão negativa de sua atitude contra o fiscal que tentava evitar aglomerações, seria, de acordo com o empresário Fabricio Aiala, que a conhecia, uma "bolsominia".
"A mulher que apareceu agora no Fantástico 'tirando sarro' com a cara do agente policial que trabalhava no combate às aglomerações no Rio, foi banida das minhas redes sociais faz algum tempo. 'Bolsomínia' infeliz dos infernos! Uma criatura ridícula à qual fiz questão de excluir daquele jeito: 'com gosto de gás!'", escreveu em seu Facebook.
Já Leonardo Barros, que usou sua formação de engenheiro civil para intimidar o fiscal, se descrevia nas redes sociais como "pai, casado, engenheiro, atleta amador, mergulhador. Direita, anti-PT, anti-PSOL, anti-PC do B, anti extrema imprensa", pautas típicas de bolsonaristas.
Demissão
A mulher que tentou intimidar um fiscal da Vigilância Sanitária após participar de aglomeração no Rio de Janeiro foi demitida da empresa que trabalha. A Transmissora Aliança de Energia Elétrica (Taesa) publicou uma nota em suas redes sociais nesta segunda-feira (6) comunicando o desligamento de Nível del Maestro.
“A TAESA tomou conhecimento do envolvimento de uma de suas empregadas em um caso de desrespeito às leis que visam reduzir o risco de contágio pelo novo coronavírus e compartilha a indignação da sociedade em relação a este lamentável episódio, sobretudo em um momento no qual o número de casos da doença segue em alta no Brasil e no mundo”, afirmou a empresa.