O jornal Em Questão, da cidade de Alegrete, no Rio Grande do Sul, denunciou uma agressão contra membros da sua equipe, que teria acontecido na última quinta-feira (18), por parte de policiais militares de Rosário de Sul.
Segundo carta divulgada pelo jornal, as agressões ao repórter Alex Stanrlei e ao diretor Paulo de Tarso Pereira ocorreram em frente à Delegacia de Plantão e Pronto Atendimento de Alegrete, após a tenente Patrícia Kappaun e o soldado Willian dos Santos Nogueira impedirem os jornalistas de gravar um caminhão boiadeiro do Exército que estava estacionado. Porém, "Alex Stanrlei abdicou desta imagem, mas fez a live registrando o fato".
O comunicado do jornal afirma que, depois desse registro, haveria outra pauta a ser cumprida, mas o repórter foi impedido pelo policial Santo André de Freitas. "O mesmo mantinha o repórter sentado no chão, na frente da Delegacia e ao ser questionado sobre aquela situação aviltante e quais crimes o repórter havia cometido, ficou visivelmente irritado. Exigiu a comprovação de que o jornalista era mesmo diretor do jornal", afirmou o Em Questão.
Paulo de Tarso teria, também, começado a gravar a situação, o que incomodou ainda mais o policial. "Neste instante saltou pelas costas do diretor do jornal o segundo policial militar, Marion Soares da Silva, que de forma truculenta deu uma forte gravata no jornalista, que passou a ficar com falta de ar, sendo asfixiado", escreveu o jornal.
Na tentativa de ajudar o colega, Alex teria sido ainda mais agredido e arrastado pelo chão. Ambos os jornalistas foram detidos.
O jornal Em Questão afirmou que entrará com processos de investigação contra os policiais, com auxílio de advogados e junto à Corregedoria da Brigada Militar e à Comissão de Direitos Humanos na esfera municipal e estadual. Também deve haver a instauração de um inquérito policial onde responderá por abuso de autoridade. "Foi um ato isolado, mas que serve de alerta", comunicou a direção do jornal.