Durante as manifestações na Avenida Paulista, na tarde deste domingo (14), um agente da PM-SP (Polícia Militar do Estado de São Paulo) sem identificação agrediu o repórter Luis Adorno, do UOL, aparentemente de forma proposital.
Quando foi agredido, Adorno estava usando seu celular para filmar a reação dos policiais após os movimentos sociais identificarem a presença de três pessoas com camisetas neonazistas, em postura que foi considerada provocativa pelos manifestantes.
A polícia intercedeu após ser avisada pelos manifestantes. Porém, segundo testemunhas, estaria tentando proteger os neonazistas.
As imagens do celular de Adorno mostram os policiais conversavam com os provocadores neonazistas, até que ele perde o controle do aparelho, no momento em que recebe tranco pelas costas de um dos agentes. Uma testemunha, entrevistada posteriormente pelo jornalista, relata que a agressão teria sido proposital, para evitar que ele filmasse a cena.
“Todo mundo viu que foi de propósito, para que você não filmasse mais o que estava acontecendo”, disse a testemunha, que também foi um dos que fez a denúncia de provocação contra os neonazistas.
PM SEM IDENTIFICAÇÃO EMPURRA REPÓRTER DO UOL DURANTE MANIFESTAÇÃO@LuisAdorno gravava um princípio de tumulto entre três jovens identificados como neonazistas e manifestantes contrários ao governo Jair Bolsonaro neste domingo, na Avenida Paulista, em SP, quando foi empurrado pic.twitter.com/jg0B0Mtvpy
— UOL Notícias (@UOLNoticias) June 14, 2020
Esta seria a foto do policial agressor, de óculos, segundo o próprio agredido:
1/3) Graças a este policial militar (de óculos), meu celular recém quitado está com a tela quebrada. Enquanto eu gravava medidas que estavam sendo adotadas por PMs com três neonazistas na Paulista, ele me empurrou pelas costas. pic.twitter.com/5iRvKUCf08— Luís Adorno (@LuisAdorno) June 14, 2020