Um grupo de centenas de pessoas realizou uma manifestação pacífica na tarde deste sábado (13), na Avenida Paulista, no centro de São Paulo, em homenagem às pessoas que morreram em função dos abusos policiais e da resposta errática do país no combate à pandemia do novo coronavírus.
O ato aconteceu em frente ao Masp (Museu de Arte de São Paulo). Os participantes se colocaram em fileiras e exibiram cartazes com fotos de pessoas que foram vítimas dos dois flagelos vividos no Brasil nestas últimas semanas. Alguns cartazes não traziam foto, e sim frases como “Estado genocida” e “vidas negras importam”.
A covid-19 já matou mais de 42 mil pessoas no Brasil, em pouco mais de três meses, o que faz do país o segundo mais afetado pela doença no mundo – atrás apenas dos Estados Unidos, segundo o Observatório da Universidade Johns Hopkins. Porém, o Brasil também é o epicentro atual da pandemia, pois seu número diário de contágios e de mortes, nas últimas semanas, é o maior registrado no planeta.
Já a violência policial matou 381 pessoas no Brasil, entre os meses de janeiro e abril, segundo o FBSP (Fórum Brasileiro de Segurança Pública). O número representa um aumento de 53% em comparação com o mesmo período em 2019, quando o número de vítimas foi de 291. Além disso, o FBSP também aponta que 75,4% das vítimas desses crimes são pessoas negras.