PMs que agrediram manifestantes rendidos no fim de manifestação em SP são afastados

Imagens que mostram os agentes agredindo manifestantes sentados ao final do ato contra Jair Bolsonaro foram foram divulgadas nas redes sociais

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Seis policiais flagrados agredindo manifestantes já rendidos em São Paulo, no último domingo (7), foram afastados do trabalho operacional. Imagens mostrando a agressão são veiculadas nas redes sociais desde segunda-feira (8).

As agressões ocorreram na Rua Teodoro Sampaio, em Pinheiros, ao final da manifestação antirracista e contra o presidente Jair Bolsonaro. Nos vídeos, é possível ver os policiais agredindo manifestantes que já estão rendidos e até mesmo sentados, já após a dispersão do ato.

https://twitter.com/MortiferaSP/status/1269824782255771649?s=20

Em nota ao UOL, a Secretaria da Segurança Pública (SSP) informou que os PMs "respondem a um procedimento apuratório que é acompanhado pelo Comando de Policiamento da Capital e pela Corregedoria", e que serão reorientados e treinados de acordo com os procedimentos da instituição. A SSP ainda afirmou que a PM não compactua pelas ações dos policiais.

Ainda na segunda-feira (8), o governador João Doria afirmou que "a polícia agiu de forma correta, evitando danos ao patrimônio privado e público e a ação de vândalos", mas que as imagens estavam sendo analisadas e a polícia estava orientada a punir os agentes em caso de erro.

Presente no ato, para trabalhar na negociação com os manifestantes, o ouvidor das polícias de São Paulo, Elizeu Soares Lopes, chegou a afirmar que os policiais haviam agido de forma correta e apenas reagido à ação dos manifestantes. Após a divulgação de imagens, contudo, Lopes mudou de posicionamento.

Sobre o caso, a Ouvidoria das Polícias afirma que "uma vez identificados os policiais envolvidos, que eles sejam afastados pelo menos até o fim das apurações".

*Matéria atualizada às 20h05 em 10/06/2020 para correção de informação