Seis policiais flagrados agredindo manifestantes já rendidos em São Paulo, no último domingo (7), foram afastados do trabalho operacional. Imagens mostrando a agressão são veiculadas nas redes sociais desde segunda-feira (8).
As agressões ocorreram na Rua Teodoro Sampaio, em Pinheiros, ao final da manifestação antirracista e contra o presidente Jair Bolsonaro. Nos vídeos, é possível ver os policiais agredindo manifestantes que já estão rendidos e até mesmo sentados, já após a dispersão do ato.
Em nota ao UOL, a Secretaria da Segurança Pública (SSP) informou que os PMs "respondem a um procedimento apuratório que é acompanhado pelo Comando de Policiamento da Capital e pela Corregedoria", e que serão reorientados e treinados de acordo com os procedimentos da instituição. A SSP ainda afirmou que a PM não compactua pelas ações dos policiais.
Ainda na segunda-feira (8), o governador João Doria afirmou que "a polícia agiu de forma correta, evitando danos ao patrimônio privado e público e a ação de vândalos", mas que as imagens estavam sendo analisadas e a polícia estava orientada a punir os agentes em caso de erro.
Presente no ato, para trabalhar na negociação com os manifestantes, o ouvidor das polícias de São Paulo, Elizeu Soares Lopes, chegou a afirmar que os policiais haviam agido de forma correta e apenas reagido à ação dos manifestantes. Após a divulgação de imagens, contudo, Lopes mudou de posicionamento.
Sobre o caso, a Ouvidoria das Polícias afirma que "uma vez identificados os policiais envolvidos, que eles sejam afastados pelo menos até o fim das apurações".
*Matéria atualizada às 20h05 em 10/06/2020 para correção de informação