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O governador do Ceará, Camilo Santana (PT), era um dos principais alvos da facção Guardiões do Estado (GDE), que coordenou ataques em Fortaleza em 2019. Segundo tabela divulgada pelo jornal O Povo, a cabeça de Santana tinha recompensa de R$ 1 milhão.
A lista contava com nomes de diversas autoridades, incluindo o secretário de Administração Penitenciária, Mauro Albuquerque, que valia R$ 500 mil. Segundo a Polícia Federal, o secretário era o principal alvo dos ataques.
As informações foram obtidas por meio de acesso ao celular de Ednal Braz da Silva, conhecido como Siciliano, um dos principais chefes da GDE. De acordo com a polícia, mensagens trocadas pelos membros da facção criticavam o secretário e o sistema penitenciário do estado.
Uma gravação acessada pela Polícia indica um membro da facção comentando sobre Albuquerque, em 24 de setembro: "Acho que essa situação agora nós só vamos ter êxito se nós conseguir esse secretário pedir clemência ou cair, enquanto esse cara estiver de pé nada vai mudar".
Também estavam na lista o secretário André Costa e o deputado estadual Vitor Valim (Pros), com recompensas de R$ 100 mil e R$ 300 mil, respectivamente. A motivação para as ameaças ao governador, segundo as gravações, seria o "apoio à o a tortura dentro do sistema".
Em setembro, a Região Metropolitana de Fortaleza registrou inúmeros ataques envolvendo incêndio de carros, ônibus e caminhões e invasão de agências bancárias. As ações eram coordenadas de dentro dos presídios.
A operação realizada pela polícia em dezembro resultou em mais de 50 prisões e na transferência de cerca de 250 pessoas para o presídios federais.