Escrito en
BRASIL
el
Patrícia Santos Vieira saiu de casa na tarde de quinta-feira (6) para levar seu filho, um jovem de 14 anos com transtorno de espectro autista, para uma sessão de fisioterapia na piscina. Ela mora em um bairro residencial da cidade, e precisava ir até o centro da cidade, por isso usou o aplicativo de transporte 99 App.
Segundo o relato de Patrícia, tudo ia bem no começo. O motorista chegou, ela entrou no carro com o filho, e depois de colocar os dois cintos de segurança, começaram os problemas. “Meu filho começou a chorar e a balançar a mão, o que é uma situação normal de quando ele fica agitado. Nisso o motorista olhou e falou que não ia mais nos levar, e começou a gritar para gente descer”, relata.
O taxista deixou os dois a um quarteirão da casa, e eles tiveram que retornar a pé. Devido ao incidente, o filho de Patrícia perdeu a sessão de fisioterapia.
O caso levou Patrícia a publicar seu testemunho sobre o caso nas redes sociais durante a noite, naquele mesmo dia, o qual viralizou nos dias seguintes. “Fiquei sem reação, não conseguia acreditar que aquilo estava acontecendo. Estava tão indignada que achei que deveria fazer uma postagem e explicar o que aconteceu”, contou a mãe.
No dia seguinte, (sexta-feira, 7), Patrícia também foi até a polícia, e registrou um boletim de ocorrência, por “praticar, induzir ou incitar discriminação de pessoa em razão de sua deficiência e injúria”.
Após a difusão do relato de Patrícia, a empresa que administra o 99 App divulgou uma nota dizendo que lamentava a situação vivida por ela, e que repudia qualquer tipo de preconceito.
“A 99 recebeu, por meio das redes sociais, o relato grave da passageira Patrícia Vieira, que teve sua corrida negada por um motorista da plataforma. Assim que tomamos conhecimento do caso, banimos o motorista e mobilizamos uma equipe que está buscando contato com Patrícia e seu filho para oferecer todo o apoio e acolhimento necessários. A 99 está disponível para colaborar com a investigação da polícia”, diz o comunicado da empresa.