Alexsandro Viviani, presidente do Sindicato dos Transportadores Rodoviários Autônomos de Bens da Baixada Santista e Vale do Ribeira (Sindicam), disse que a paralisação por 24 horas iniciada à meia noite desta segunda-feira (17) pela categoria no Porto de Santos pode se tornar uma greve por tempo indeterminado, caso as reinividações não sejam atendidas.
"O ato é para mostrarmos que a categoria está unida e que, se não formos atendidos, nossa greve será por tempo indeterminado", afirmou Viviani em entrevista ao Portal G1.
Os caminhoneiros protestam contra o novo Plano de Desenvolvimento e Zoneamento (PDZ) do cais, reivindicam um valor mínimo para serviços de frete e a retirada do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre combustíveis.
Segundo Viviani, o novo PDZ acarretará no fechamento de dois terminais de contêineres, o que provocaria o desemprego de, aproximadamente, 10 mil trabalhadores. "Isso vai atrapalhar não só o Porto, mas toda a cidade de Santos".
Paralisação
Em vídeo divulgado por volta das 11h desta segunda-feira, Viviani conclama caminhoneiros de outros estados a se juntarem ao movimento.
"Vocês de outros estados, estamos juntos. Vamos pra luta, vamos lutar pelo piso mínimo de frete, vamos lutar pela baixa nos combustíveis", afirma.
Mais cedo, em vídeo gravado por volta das 3h, os caminhoneiros dão início ao movimento no Porto. Os trabalhadores são monitorados por carros da Polícia Militar parados no local.
“Ai pessoal, 17/2, perto das 4h, e estamos aqui. Porto de Santos totalmente fechado. Gostaria que você mostrasse aí, ninguém tá vindo, graças a Deus. Os caminhoneiros estão aderindo”, disse Viviani.