Saiba quais foram as três previsões econômicas mais furadas de 2019

Projeções feitas por economistas do mercado ou de entidades empresariais em dezembro de 2018 e janeiro de 2019 para o ano que se iniciava não se concretizaram

Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil
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Por Marcos de Oliveira

Final de ano, início de ano, é tempo de renovar promessas. No caso da economia, lançar projeções que passarão longe da realidade. O levantamento a seguir mostra as previsões feitas por economistas do mercado ou de entidades empresariais em dezembro de 2018 e janeiro de 2019 para o ano que se iniciava:

1 – Economia (PIB)

O crescimento do Produto Interno Bruto de 2019 ainda não foi divulgado pelo IBGE. O IBC-Br, calculado pelo Banco Central, mostrou crescimento de modesto 0,89%. Os mais otimistas, hoje, não falam nem em repetir a mediocridade do Governo Temer, com elevação de 1,3%.

A Confederação Nacional da Indústria estimava para 2019 alta de 2,7%, podendo alcançar até 3%.

A FecomercioSP apostava em elevação de 3%.

O Boletim Focus (do mercado financeiro) de 28 de dezembro de 2018 jogou a estimativa para 2,55%.

Mas o Oscar vai para José Márcio Camargo, economista da Genial Investimentos, interlocutor frequente de Paulo Guedes, que acreditava em um avanço de 3,5% na atividade econômica em 2019.

2 – Dólar comercial – R$ 4,01

Alessandra Ribeiro, economista e sócia da Tendências Consultoria, projetou dólar no fim de 2019 cotado a R$ 3,75.

Sergio Vale, economista-chefe da MB Associados, projetou R$ 3,80.

O Boletim Focus estimava em R$ 3,80.

O vencedor do Oscar foi o banco Credit Suisse, que acreditava que, com Bolsonaro eleito, o dólar poderia cair para abaixo de R$ 3,50.

3 – Produção industrial – queda de 1,1%

Para a CNI, a indústria, com expansão de 3%, lideraria o crescimento em 2019.

O Boletim Focus, mais radical, estimava que a produção industrial cresceria 3,19%.

Os dois dividem o Oscar, pela magnitude do erro.

Não é motivo para ninguém se inibir. Começa o ano e novas previsões são lançadas, pelos mesmos atores. Sempre se poderá culpar o coronavírus.

Texto originalmente publicado no Monitor Mercantil