Purê de batata, salada de maionese, batata frita... Todos esses pratos ficaram mais caros entre outubro e novembro, com o aumento de 33,37% no preço do tubérculo identificado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). E, se depender das tendências no atacado, o preço deve subir ainda mais.
Analistas do HFBrasil, em parceria com o Cepea-USP (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), disseram em relatório na última sexta-feira (4) que, na semana passada, as cotações da batata tipo ágata especial subiram em três capitais do Sudeste. A saca de 50 kg do produto ficou em R$ 151,20 em São Paulo, aumento de 5,3% sobre a semana anterior. Os preços subiram também no Rio de Janeiro, para R$ 152,00, com alta de 12,09%, e em Belo Horizonte, onde a saca custava R$ 140,69, 6,9% a mais.
A chuva dificulta a colheita e reduz a quantidade disponível do tubérculo. Os analistas dizem que há previsão de chuva nesta semana em algumas praças, o que pode dificultar a colheita novamente.
Altas para o consumidor
O IBGE já tinha identificado essa disparada nos preços na pesquisa da prévia da inflação oficial, o IPCA-15. No dia 24 de novembro, o instituto divulgou que a batata tinha subido 33,37% entre os dias 14 de outubro e 12 de novembro, quando foram coletados os preços para o indicador.
O pior é que os reajustes em itens básicos não tinham ficado só na batata. Todos aqueles itens que já vinham aumentando continuaram na escalada de preços entre meados de outubro e de novembro. O óleo de soja para fazer a batata frita subiu 14,85%, a carne para o bife aumentou 4,89% e o arroz continuou sua escalada, com reajuste de 8,29%.
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