Um ano depois: familiares de jovens mortos em massacre de Paraisópolis fazem protesto

Ato serviu para lembrar a memória dos nove mortos sufocados cobrar respostas e punição para a ação da PM que resultou em tumulto e nas mortes

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Familiares dos nove jovens mortos durante baile funk em Paraisópolis, na zona sul de São Paulo, fizeram nesta terça-feira (1º) uma manifestação pedindo respostas e punição aos responsáveis pela ação que resultou nas mortes. A data marca um ano da chacina e o ato foi e frente ao Palácio dos Bandeirantes, sede do governo estadual paulista.

Naquele 1º de dezembro de 2019, PMs teriam entrado na comunidade quando acontecia o Baile da D17, que atraía jovens de toda a Grande São Paulo. Eles alegaram estar perseguindo dois homens em uma moto que teriam atirado em sua direção. Na versão dos agentes, essa dupla teria fugido em direção ao baile funk ainda atirando, o que teria causado tumulto. No entanto, testemunhas refutam a versão e dizem que policiais encurralaram jovens em uma viela.

Na ação, que ficou conhecida como Massacre de Paraisópolis, morreram: Marcos Paulo dos Santos,16 anos, Bruno Gabriel dos Santos, 22 anos, Eduardo Silva, 21 anos, Denys Henrique da Silva,16 anos, Mateus dos S. Costa, 23 anos, Dennys Guilherme dos Santos Franco, 16 anos, Gustavo C. Xavier, 14 anos, Gabriel Rogério de Moraes, 20 anos, e Luara Victoria de Oliveira, 18 anos.

Irmão de Denys Henrique, Danylo Almicar era um dos líderes da manifestação. Ele publicou em seu Twitter: “Um ano do Massacre em Paraisópolis e eu esclareço algumas coisas! Um ano que meu irmão, Denys, saiu para se divertir e foi morto pela Polícia no Baile da DZ7. Ele e mais 8 não sobreviveram ao caos que a Polícia Militar causou, matando eles SUFOCADOS!”.

https://twitter.com/danyloamilcar/status/1333832581310189580

O presidente do Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana do Estado de São Paulo, Dimitri Sales, também publicou a ação em suas redes sociais. No Twitter, ele escreveu: “Um ano após o Massacre de Paraisópolis, famílias das vítimas estão se reunindo na porta do Palácio dos Bandeirantes. Foram recebidos com ruas fechadas, forte aparato policial e vários agentes à paisana monitorando cada passo dos manifestantes”.

https://twitter.com/DimitriSales/status/1333869643572850691