A pesquisadora e ativista Marina Harkot morreu na noite de domingo (8) após ter sido atropelada no bairro de Pinheiros, em São Paulo, e o motorista não ter lhe prestado socorro.
Segundo informações da Polícia Militar, Harkot foi atingida por um carro por volta das 23h50 do sábado enquanto andava de bicicleta no bairro. O 14º DP, que está investigando o caso, afirma que o motorista fugiu sem prestar socorro.
Doutoranda na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP e pesquisadora colaboradora do LabCidade (Laboratório Espaço Público e Direito à Cidade), Harkot estudava a relação entre gênero, mobilidade e desigualdade.
No domingo, foi realizado um ato em homenagem à ativista. A mãe da jovem agradeceu os presentes: "Marina é minha filha primeira, muito amada, muito determinada, muito idealista. A gente está totalmente despedaçado. Estava construindo uma casa com o marido, um amor, uma vida futura. Estudando, fazendo doutorado, engajada. Obrigada por vocês estarem aqui e a luta continua, de verdade. Estamos juntos, gente. Muito obrigada".
Ativistas criticaram as políticas de mobilidade da cidade. "Passou da hora de incluir prefeitos e secretários como corresponsáveis pelas mortes no trânsito. Talvez desta forma as coisas mudem. Uma via ampla em declive, sem fiscalização e c/ limite de "50 km/h", não é condizente com a vida. E as blitz da lei seca? Viraram lenda urbana", cobrou Daniel Guth, diretor executivo da Aliança Bike.
Com informações do Uol e do Estado de S. Paulo