“Guru da meditação” é alvo de nova investigação do MP sobre crimes sexuais

Mais quatro mulheres prestaram depoimento formal ao Ministério Público relatando terem sido vítimas de abusos durante treinamentos e sessões individuais

Tadashi Kadamoto (Foto Reprodução)
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O Ministério Público de São Paulo abriu novo inquérito para apurar denúncias de crimes sexuais envolvendo o terapeuta Tadashi Kadomoto, conhecido como o “guru da meditação”.  A investigação foi aberta depois que mais quatro ex-pacientes e ex-alunas prestaram depoimento formal na promotoria. Elas relataram abusos que teriam sofrido durante sessões individuais de terapia e treinamentos no Instituto Tadashi Kadomoto.

Kadomoto já é réu em outro caso, em que é acusado de estupro de vulnerável e lesão corporal grave. Depois da primeira denúncia, outras duas vítimas procuraram o MP e, agora, mais quatro toparam dar o depoimento formal. A divulgação desses casos tem encorajado outras vítimas a prestarem queixa.

Na nova investigação, o Ministério Público também quer saber se houve conivência de outras pessoas do instituto que leva o nome do terapeuta para a prática dos crimes. Se isso for constatado, essas pessoas podem ser também indiciadas por associação criminosa.

O terapeuta negou, em vídeo publicado em suas redes sociais em meados de outubro, que tenha cometido os crimes. "Tenho falhas, cometo erros como todo ser humano, mas jamais cometi atos criminosos. Tenho fé que tudo será esclarecido e até lá vou me afastar das minhas atividades”, disse Kadomoto na publicação.

“Ao longo da história já vimos muitas reputações e famílias destruídas por acusações que depois se mostraram injustas, por isso estou à disposição das autoridades para os esclarecimentos necessários”, completou.

Considerado “guru da meditação”, Kadamoto realiza cursos de imersão e mentorias sobre inteligência emocional. Ele afirma que soube da denúncia quando foi procurado por uma jornalista.

Ao site jurídico Migalhas, o advogado Luiz Flávio Borges D’Urso, que representa uma das vítimas, disse que "o surgimento de novas vítimas reforça a acusação feita pelo Ministério Público paulista contra o terapeuta no primeiro processo".