‘Guru da meditação’ vira réu por estupro e ex-pacientes fazem outras denúncias ao Fantástico

Crime teria ocorrido durante sessões de terapia e treinamentos; Tadashi Kadomoto diz, em nota, que não foi notificado sobre a denúncia, feita pelo MP

Tadashi Kadamoto (Foto Reprodução)
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Conhecido na internet brasileira como “guru da meditação”, o terapeuta Tadashi Kadamoto virou réu em um processo de estupro de vulnerável a partir de denúncia feita por uma ex-paciente e ex-estagiária.

Vídeo: Tadashi Kadomoto se afasta das atividades e diz que jamais cometeu atos criminosos

O Ministério Público de São Paulo ofereceu a denúncia estupro de vulnerável e lesão corporal, aceita pela Justiça no último dia 6. As informações são da Globonews e do portal G1. Depois da denúncia, outras ex-pacientes procuraram repórteres da emissora contando casos semelhantes mais antigos, que já teriam prescrito.

A defesa de Tadashi Kadomoto enviou nota ao G1 dizendo que “em toda a sua reconhecida trajetória profissional, jamais recebeu solicitação de esclarecimento sobre qualquer fato e nenhuma denúncia formal até o momento”.

O terapeuta é conhecido como “guru da meditação” na pandemia e atua há mais de 30 anos, com atuações pela internet e cursos presenciais, em que usa hipnose, meditação, regressão e relaxamento. Cerca de 100 mil pessoas já o consultaram. Na noite deste domingo (11), seu canal do YouTube não estava disponível.

A denúncia do MP relata que os estupros teriam ocorrido no período de sete anos, em um treinamento usado pelo Instituto Tadashi Kadomoto, em Itatiaia (RJ), na clínica em Campinas (SP) e em um hotel na cidade de São Paulo. Teria começado com insinuações, passando para toques, que evoluíram para carícias mais íntimas e o ato sexual em si, quando a vítima estava inclusive grávida.

Depois da divulgação de que Kadomoto havia se tornado réu, outras ex-pacientes teriam procurado repórteres da Globonews e do Fantástico para denunciar que também haviam sido vítimas de assédio e crimes sexuais do terapeuta. Elas alegam que os crimes já prescreveram e, por isso, não vão denunciá-lo.

Uma delas conta que ele usava termos como “suculenta” para elogiá-la.

Com informações de G1, Globonews e Fantástico