Doleiros investigados pela Polícia Federal na operação Amphis, suspeitos de movimentações suspeitas de mais de R$ 200 milhões, teriam operado para a Igreja Mundial do Poder de Deus, comandada pelo Apóstolo Valdemiro Santiago e para um funcionário do Banco Central, do Rio de Janeiro, chamado Sidney Froes. A informação é do jornalista Fabio Serapiao, da Revista Crusoé
A operação foi deflagrada nesta sexta-feira (9). A PF informou que ela investiga esquema criminoso de lavagem de dinheiro e evasão de divisas, operado por doleiros em vários estados e no exterior. De acordo com o órgão, somente no Brasil, o grupo movimentou mais de R$ 200 milhões nos últimos dez anos, seja por meio de contas bancárias abertas com documentos falsos ou em nome de empresas “fantasmas”.
A matéria da Crusoé relata que as empresas Odisseia e Trindade, pertencentes ao grupo de doleiros, teriam sido usadas pela igreja de Valdemiro para internalizar R$ 239 mil, entre 2011 e 2014. Elas também teriam sido procuradas pelo funcionário do Banco Central para receber remessa de R$ 872 mil, vinda do exterior, também entre 2011 e 2014.
A Polícia Federal divulgou que as investigações, iniciadas em 2014, decorrem de apuração sobre organização criminosa transnacional. Ela seria capitaneada por grupo que operava em Recife (PE) e em outras capitais do país, além do estado da Flórida, nos EUA.
Valdemiro e sua esposa, Franciléia de Castro Gomes de Oliveira, receberam no ano passado do governo Bolsonaro a concessão de passaporte diplomático. Os documentos têm prazo de três anos cada. O Itamaraty justificou a liberação, na época, por entender que, “ao portar passaporte diplomático, seu titular poderá desempenhar de maneira mais eficiente suas atividades em prol das comunidades brasileiras no exterior”.
* Com informações da Revista Crusoé