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O empresário e cabeleireiro Eduardo Costa, criador da marca Brechó Replay, coletivo de moda que já desfilou na Casa dos Criadores, está sendo acusado de assédio sexual por diversos modelos, coreógrafos e diretores de criação que trabalharam com ele. As denúncias começaram a aparecer no Twitter na terça-feira (14), sendo que parte delas se referem a abusos contra menores de idade.
"Ele vinha nos vestir e sentíamos que o toque dele não era inocente. Era um esbarrar de mão maldoso, na nossa bunda, nas nossas coxas, no nosso pênis. Era incômodo", conta uma das vítimas, que tinha 15 anos quando participou de uma sessão de fotos da marca e nunca tinha feito um trabalho desse tipo profissionalmente.
Era comum Eduardo Costa chamar os modelos para irem até seu apartamento, no Centro de São Paulo, alegando mais uma sessão de fotos. No entanto, o empresário atendia os jovens de cueca e tinha comportamentos abusivos, inclusive convidando os mais vulneráveis para morar com ele. "Ele nos chamava para irmos até a casa dele e nos atendia de cueca. Pedia para os modelos menores de idade ficarem só de shortinho e empinar a bunda para as fotos", contou a vítima.
"Em uma sessão de fotos, ele disse que queria que o volume da minha cueca fosse diferente. Ele, então, colocou a mão dentro da minha cueca e mexeu no meu pênis. Para 'arrumar' para as fotos", conta outra vítima, em entrevista ao Universa, do UOL. "Achei que todos os trabalhos de moda seriam assim, comecei a ter muita crise com o meu corpo", afirma.
O Brechó Replay é conhecido por vender uma imagem de "representatividade" e de "arte engajada" em suas campanhas, sendo que já vestiu nomes como Linn da Quebrada e MC Soffia. Depois das polêmicas, Costa deletou sua conta no Instagram, intitulada "Um anjo adolescente", e também a da marca.
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