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Em sua estreia na direção de longas, Bárbara Paz conquistou o Prêmio da Crítica Independente no 76ª edição do Festival de Veneza pelo documentário "Babenco: Alguém Tem que Ouvir o Coração e Dizer: Parou". Em seu discurso no evento, Bárbara se manifestou contra a censura no Brasil e fez coro pela liberdade de expressão.
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"Este prêmio é muito importante para o meu país. Precisamos dizer não à censura: vida longa à liberdade de expressão!", disse Paz ao receber o prêmio, em referência à tentativa do governo de Jair Bolsonaro de censurar conteúdo de filmes a receberem recursos públicos.
"Estou muito emocionada e honrada. Hector dizia que fazer filmes era viver um dia a mais", disse. "Hector, obrigada por acreditar em mim. Amo-o para sempre", compleyou.
O longa acompanha os últimos anos de vida do cineasta argentino Hector Babenco, que morreu em 2016 após parada cardíaca. Paz viveu junto com o cineasta por nove anos e, com imagens em hospitais, registros de filmes do cineasta e cenas de bastidores da obra de Babenco, o longa mostra Babenco como um homem que amou a vida e a criação artística.
Censuras de Jair Bolsonaro
Nesta sexta-feira (6), a Fórum fez um levantamento de 10 manchetes que mostravam que a censura voltou ao Brasil. Além do caso recente de censura a livros com temática LGBT na Bienal do Rio de Janeiro, o levantamento traz notícias como as reuniões de militares e deputados bolsonaristas para impor agenda conservadora na Cinemateca e a tentativa de censura do filme em que Bruna Marquezine aparece nua e fumando maconha.
Confira o vídeo do discurso de Bárbara Paz:
https://twitter.com/MidiaNINJA/status/1170493170662215680?s=19