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Durante o seu discurso na abertura da 74ª Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) em Nova York nesta terça-feira (24), Jair Bolsonaro leu uma carta do “Grupo de Agricultores Indígenas do Brasil” em apoio à indígena bolsonarista Ysani Kalapalo e finalizou dizendo que "acabou o monopólio do senhor Raoni", referindo-se ao cacique Raoni Metuktire, líder indígena brasileiro do povo Caiapó.
“A visão de um líder indígena não representa a visão de todos”, disse o presidente, mencionando a presença de Ysani Kalapalo em sua comitiva, indígena da aldeia Tehuhungu, do Mato Grosso, apoiadora de Bolsonaro desde a campanha eleitoral e conhecida por ter assumido a culpa, em nome dos indígenas, pelas queimadas na Amazônia.
Em seus mais de 30 minutos de fala, o presidente também destinou parte do tempo para criticar a imprensa internacional pela publicação do que classificou como informações “sensacionalistas” sobre os incêndios na Amazônia e disse que é “falácia” afirmar que a floresta é patrimônio da humanidade.
Bolsonaro ainda disse que as ONGs tratam índios como “homens das cavernas” e que “índio não quer ser pobre em cima de terra rica”.
Em seguida, o presidente defendeu a exploração das reservas indígenas, citando como exemplo as terras Yanomami e Raposa Serra do Sol. “Grande parte das comunidades indígenas têm ouro, diamante, nióbio, entre outros. Esses territórios são enormes (…) Não estão preocupados com o ser humano índio”, disse.