Escrito en
BRASIL
el
A Livraria Leonardo da Vinci, localizada no Centro do Rio de Janeiro, vai realizar nesta terça-feira (24) um ato em memória da menina Agatha Félix, de 8 anos, assassinada no final de semana por policias militares durante operação no Complexo do Alemão. Com a presença de integrantes de movimentos populares, organizações de direitos humanos, advogados e policiais, a livraria pretende promover um debate sobre a política de extermínio promovida pelo governador Wilson Witzel.
"É um ato que se soma a outros em protesto contra a política de morte, de extermínio da população pobre e negra das comunidades do estado que vem sendo elevada ao nível máximo nos últimos meses. O objetivo é reunir várias vozes representativas que estão na linha de frente aqui na cidade. São militantes de movimentos, de organizações, advogados e policiais", é o que conta Daniel Louzada, proprietário da Da Vinci.
Louzada destaca a necessidade de ecoar as vozes democráticas no Rio de Janeiro para frear as políticas de extermínio. "O Rio vive um momento não de guerra, mas de uma política deliberada de morte e extermínio. Ághata foi o último de dezenas de casos. Precisamos reunir em todas as frentes todas as vozes democráticas da cidade para deter isso".
Entre as presenças confirmadas estão Jurema Werneck, da Anistia Internacional; Monica Cunha, do Movimento Moleque; Renata Trajano, do Coletivo Papo Reto; Vanderlea Aguiar, da Rede Emancipa; Álvaro Quintão, presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB-RJ; Íbis Pereira, Coronel da reserva e ex-comandante da Polícia Militar do RJ; Henrique Vieira, pastor; Orlando Zaccone, delegado da Polícia Civil do RJ e membro do grupo Policiais Antifascismo.
O ato "Basta! - Ato em memória de Ághata Félix" vai acontecer às 18h30, na Livraria Leonardo da Vinci, que fica na Av. Rio Branco, 185, Centro do Rio.