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Uma comissão formada por treze representantes percorrerá o continente europeu para encontrar aliados e reunir forças contra riscos de retrocessos da atual conjuntura política brasileira.
A notícia foi divulgada por Cristiane Ramalho, correspondente da RFI, que conversou com Sônia Guajajara, coordenadora da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB) e uma das integrantes da comissão de lideranças indígenas. Sonia está em Berlim nesta semana para participar de um debate dentro do festival Plataforma Berlin.
Segundo ela, a comissão passará por diversas capitais europeias, como Bruxelas e Paris, e ainda visitará o Vaticano e comitê da União Europeia. O objetivo é denunciar questões críticas como desmatamento, invasões de terras e retirada de direitos dos povos indígenas sob o governo de Jair Bolsonaro.
A líder indígena e candidata a vice-presidência em 2018 tem tomado uma posição estratégica na oposição a Bolsonaro desde o início do ano, chamando a atenção para as ameaças aos direitos humanos em discurso na ONU e protestando junto a outras lideranças contra a MP 870, que mudou as competências de demarcações indígenas, por exemplo.
Denúncias na Europa
A comissão tentará um encontro com Angela Merkel, chanceler da Alemanha, que, segundo Sonia, já demonstrou preocupação com os posicionamentos de Bolsonaro quanto ao meio ambiente. No Vaticano, os indígenas devem buscar a oportunidade de participar do Sínodo sobre a Amazônia, que será de 6 a 27 de outubro e reunirá bispos de nove países.
Além disso, o grupo busca sensibilizar empresários e consumidores europeus para a importância de se evitar fechar negócios e comprar produtos oriundos de áreas afetadas por conflitos socioambientais.
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