Comissão do Senado aprova projeto que transfere feriados para segundas-feiras e acaba com emendas

Projeto do senador Dário Berger (MDB-SC) passa para segunda-feira todos os feriados ocorridos entre terças e sextas-feiras visando aumentar número de dias úteis para comércio e escolas

Senador Dário Berger, do MDB de Santa Catarina (Agência Senado)
Senador Dário Berger, do MDB de Santa Catarina (Agência Senado)
Escrito en BRASIL el
Um projeto de lei aprovado na Comissão de Educação, Cultura e Esporte nesta terça-feira (4) pode acabar com as emendas de feriados, ao transferir para as segundas-feiras todos os dias festivos que coincidirem entre terças e sextas-feiras. Desta forma, acabariam as emendas que permitem feriados prolongados de até 4 dias. Estão excluídos do projeto os feriados de 1º de janeiro, carnaval, páscoa, 1º de maio, Corpus Christi, 7 de setembro, 12 de outubro e natal. O PL 389/2016 foi apresentado em outubro de 2016 pelo atual presidente da comissão, Dário Berger (MDB-SC), que defende que o grande número de dias festivos prejudica a economia do país. “O objetivo (...) é minimizar os danos ao funcionamento das empresas, ao emprego dos trabalhadores e à arrecadação dos Governos de todos os níveis da federação, causados pelo excessivo número de feriados, circunstância que leva à drástica redução dos dias úteis destinados à produção e à comercialização de bens e serviços. Sabemos que essa circunstância (...) é agravada quando esses feriados ocorrem entre as terças e sextas-feiras. É quase uma tradição de nosso povo estender esses feriados, o que acaba por comprometer o trabalho nos dias úteis que se lhes seguem”, diz o texto do projeto, que ainda explica porque a transferência para as segundas-feiras: “Optou-se pela antecipação da comemoração dos feriados nas segundas-feiras pelo fato de que seu eventual adiamento para as sextas-feiras prejudicaria sobremaneira o comércio aos sábados, comprovadamente o melhor dia de vendas para os comerciantes em geral”. O relator do projeto na comissão, o senador Jorginho Mello (PL-SC) foi favorável à redução de dias livres, destacando também o impacto para sistema escolar. “Os feriados prolongados não geram apenas prejuízos econômicos para o País, mas também educacionais, com a perda de preciosos dias letivos em razão da extensão do feriado aos dias que o antecedem ou que a ele se seguem. (...) Essa prática prejudica o ritmo e a continuidade do processo de aprendizagem em todos os níveis e modalidades de ensino”, diz o relatório. O projeto aprovado pela comissão agora segue para a Câmara, onde, se for aprovado, vai direto para sanção do presidente Jair Bolsonaro.
Reporte Error
Comunicar erro Encontrou um erro na matéria? Ajude-nos a melhorar