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Camila de Souza Marques Silva, professora do campus de Águas Lindas do Instituto Federal de Goiás (IFG) que foi detida na manhã desta segunda-feira (15), denunciou que os policiais que participaram da abordagem na instituição de ensino agiram com truculência.
Informações preliminares que circulavam nas redes sociais davam conta de que a professora foi detida por uma suposta denúncia de "doutrinação". Apesar de ter histórico de perseguições por parte de bolsonaristas, não foi o caso. Ela foi conduzida à delegacia por ter decidido filmar a ação dos policiais civis, que entraram na sala de aula e começaram a abordar seus alunos para apurar uma denúncia de que o instituto estava sendo alvo de ameaça de ataques.
Em vídeos divulgados nas redes sociais, Camila afirmou que os policiais agiram com truculência contra os estudantes, que são todos menores de idade, e que pelo histórico de violência policial da região decidiu filmar a ação com o celular.
"Aqui em Águas Lindas, que é uma comunidade de periferia, a polícia atua com truculência em todo momento. Eu saí de sala para tentar entender o que estava se passando e fui intervir porque a polícia estava sendo truculenta. Aí eu fui gravar e por isso fui detida", afirmou.
Segundo a professora, os policiais a impediram de continuar gravando a ação e a informaram que ela seria conduzida à delegacia por desacato. Quando viu que seria colocada em um carro descaracterizado, pediu para ligar para seu advogado mas, de acordo com seu relato, também foi impedida. Neste momento ela teria sido algemada na frente de todos os alunos.
Além dela, outros dois estudantes foram conduzidos para prestar depoimento e liberados na sequência.
"Foi uma ação extremamente violenta", disse Camila, que assinou um termo circunstanciado e foi liberada.
Assista ao seu depoimento.