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Reportagem de Beatriz Jucá, na edição desta segunda-feira (4) do El País, informa que o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) determinou a paralisação temporária de atividades que possam pôr em risco oito barragens da mineradora Vale em Minas Gerais. A decisão ocorreu 10 dias após o rompimento da barragem de Brumadinho. Os números do crime cometido pela Vale chegaram a 134 mortos e 199 desaparecidos.
Entre os empreendimentos que devem ter suas atividades reduzidas ou paralisadas está a barragem de Laranjeiras, que abastece a maior mina da empresa no Estado: a mina do Brucutu. O caso corre sob sigilo de Justiça.
A decisão foi proferida pela 22ª Vara Cível da Comarca de Belo Horizonte e determinou que a Vale se abstenha de lançar rejeitos ou praticar qualquer atividade potencialmente capaz de aumentar os riscos das barragens Laranjeiras, Menezes II, Capitão do Mato, Dique B, Taquaras, Forquilha I, Forquilha II e Forquilha III. Delas, as três últimas têm o método de alteamento à montante, o mesmo das barragens que romperam em Brumadinho e em Mariana, em 2015.
A mineradora confirma ter tomado ciência da decisão e explica, em nota divulgada nesta segunda-feira, que as três barragens à montante já estavam inoperantes e abrangidas pelo plano de descomissionamento (retirada de rejeitos) acelerado anunciado no último dia 29 de janeiro de 2019. As estruturas das outras seis barragens são convencionais.
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