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A Promotoria da Infância e da Juventude abriu um inquérito civil para apurar o caso do shopping Higienópolis, que pediu autorização para que seus seguranças apreendessem crianças em situação de rua e as entregassem à PM.
O objetivo é averiguar se o sistema de informações sobre os direitos das crianças está funcionando. “Não podemos deixar que aconteça em SP o que já ocorreu no Rio”, diz o promotor Eduardo Dias Ferreira, referindo-se ao jovem morto por um segurança da rede Extra.
Para o promotor, o que ocorreu no shopping Higienópolis não é um fato isolado em SP. “Há relatos de problemas no entorno dos shoppings Santa Cruz e Tatuapé, por exemplo”, disse.
Ferreira afirma ainda que tanto seguranças e empresas, quanto a sociedade, devem ser informados sobre as atitudes corretas a serem tomadas com as crianças. “É preciso chamar o serviço de abordagem da Secretaria de Assistência Social e o conselho tutelar.”
Aos órgãos cabe o encaminhamento dos menores, a seus pais ou a locais de acolhimento. “Jamais à polícia”, afirma.
Shopping já foi investigado por racismo
O Shopping Higienópolis, considerado um dos mais elitizados de São Paulo, foi alvo de investigação sobre racismo, em 2017, quando o jornalista Enio Squeff, branco, tomava chá com o filho Raul, 7 anos, negro, e foi interpelado por uma segurança da unidade, que perguntava se o garoto estaria “incomodando”. Relembre o caso aqui.
Com informações da coluna de Mônica Bergamo