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A expectativa para a primeira prova do Enem sob a gestão de Bolsonaro, realizada neste domingo (3), era grande. Os estudantes foram avisados que "questões ideológicas e muito polêmicas, como no passado, não vão acontecer". Mesmo dizendo que não “revisou” a prova, o presidente priorizou um exame técnico e com conteúdo.
Durante sua campanha à Presidência da República em 2018, Jair Bolsonaro criticou as questões com dialeto usado por gays e travestis, e com temas voltados para o feminismo, debates raciais, diversidade e gênero. Para ele, o exame não pode ser “inadequado”. Inclusive, nesta edição de 2019, o Inep - Inep - Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira cortou algumas questões por considera-las “ofensivas”.
Sobre o tema da redação deste ano, a "democratização do acesso ao cinema no Brasil", a União Nacional dos Estudantes (UNE) chegou a dizer que a escolha é uma "ironia". "Persegue e censura produções nacionais, desestrutura a ANCINE. Certamente Bolsonaro zeraria", frisou a entidade em suas redes sociais.
Agora, resta a prova ser divulgada para a população brasileira analisar o quanto o presidente e o seu ministro da Educação, Abraham Weintraub, conseguiram alterar o exame que deveria avaliar tanto a parte técnica quanto o senso crítico dos candidatos.