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Em 2018, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) vai desembolsar metade do valor médio emprestado por ano nas duas últimas décadas. O desembolso previsto para 2018, cerca de R$ 83 milhões, equivale a 1,2% do Produto Interno Bruto. A média anual histórica nos últimos 20 anos foi de 2,3% do PIB. Em 2010, no auge, o porcentual foi de 4,3%, com volume de empréstimos chegou a R$ 278 bilhões.
A estratégia prevê um BNDES menor, focado em infraestrutura. O objetivo é devolver antecipadamente à União recursos que foram emprestados pelo Tesouro Nacional ao banco nos últimos anos. A ideia vai contra o objetivo primordial do banco - que é fomentar obras necessárias ao desenvolvimento nacional.
Os aportes R$ 440 bilhões feitos pelo Tesouro entre 2009 a 2014, durante os governo do PT, colocaram o BNDES entre os maiores bancos de desenvolvimento do mundo. O peso do BNDES na economia cresceu. O banco ofereceu crédito barato quando a crise de 2008 causou queda de investimentos em nível global e financiou o plano de investimentos da Petrobrás.
Com a aprovação final da renegociação de toda a dívida com a União, na semana passada, o BNDES terminará este mês com R$ 280 bilhões devolvidos ao Tesouro desde 2016. A renegociação encurtou o prazo da dívida de 2060 para 2040 e estabeleceu um cronograma de pagamentos ano a ano. Neste ano, diante da fraca demanda por investimentos e de elevação de suas taxas de juros, o BNDES deverá liberar R$ 75 bilhões, ou 1,1% do PIB.