Ministro da Saúde é acusado de corrupção para obter três casas lotéricas

Na época das acusações Gilberto Occhi era superintendente nacional de Gestão da Caixa no Nordeste. Seu filho e enteado conseguiram concessões para explorar três casas lotéricas em Alagoas

Gilberto Occhi, ligado ao PP, assumiu o Ministério da Saúde após Ricardo Barros deixar o cargo para disputar vaga na Câmara dos Deputados nas eleições deste ano (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
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O ministro da Saúde, Gilberto Occhi, está sendo acusado de ter liberado recursos para a compra de casas lotéricas, favorecendo seu filho, Gustavo Occhi, e seu enteado, Diogo Andrade dos Santos. Na época, Occhi era superintendente nacional de Gestão da Caixa no Nordeste. Em seguida, foi vice-presidente e presidente do banco até abril deste ano, quando assumiu o ministério. Occhi é ligado ao PP, partido de Ricardo Barros, que deixou o cargo de ministro da Saúde para disputar uma vaga na Câmara dos Deputados nas eleições deste ano. Segundo a denúncia, publicada na Folha, R$ 200 mil da Caixa foram transferidos para uma prefeitura local por meio da triangulação com um fornecedor, destinado à conta de uma das lotéricas negociadas. Seu filho e enteado conseguiram concessões para explorar três casas no estado de Alagoas em 2011 — em Atalaia, Coqueiro Seco e Satuba. As unidades foram vendidas em janeiro de 2013. De acordo com a denúncia, com a operação, os parentes de Occhi tiveram um ganho de pelo menos 100% em relação ao que pagaram inicialmente pelas lotéricas um ano e meio antes. O ministro da Saúde, Gilberto Occhi, afirmou em nota que a licitação para as lotéricas em Alagoas “respeitou toda a legislação vigente à época”. Leia mais sobre o caso envolvendo Gilberto Occhi e as casas lotéricas aqui.