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[caption id="attachment_126568" align="aligncenter" width="840"] Assédio, violência, políticas públicas e a ocupação de espaços são algumas das pautas que serão debatidas nos eventos que começam nesta segunda-feira (5) pelo Brasil - Foto: Divulgação[/caption]
A Semana da Mulher tem programada uma série de atividades, manifestações e debates abordando temas de relevância para o público feminino. Assédio, violência, políticas públicas e a ocupação de espaços são algumas das pautas que serão debatidas nos eventos que começam nesta segunda-feira (5) pelo Brasil. Além disso, atos também estão marcados para a próxima quinta-feira (8), Dia Internacional da Mulher. As informações são da Rede Brasil Atual.
Um dos principais será realizado em Nova Santa Rita (RS), nesta terça-feira (6). As mulheres do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) do Rio Grande do Sul farão uma conferência com a ex-presidenta Dilma Rousseff, a partir das 15 horas. O objetivo é motivar as camponesas a continuar mobilizadas em defesa de seus direitos. “Trataremos de resistência e democracia, e ninguém melhor do que uma mulher, que sofreu um golpe misógino e que não cometeu crime algum, para compartilhar conosco o seu testemunho de vida”, explica Salete Carollo, da direção estadual do MST, que espera a presença de mil mulheres no evento.
Em Porto Alegre, o MST realizará um ato pela Jornada Nacional de Luta das Mulheres Sem Terra, no dia 8. Com o lema “Quem não se movimenta, não sente as correntes que a prendem”, as mulheres pautarão temas que dizem respeito a toda a classe trabalhadora. A marcha, que percorrerá cerca de 10 quilômetros, está marcada para sair às 7 horas do antigo posto fiscal da receita, próximo à ponte do rio Guaíba, e deverá terminar no centro da capital.
Em São Paulo, também na quinta-feira, movimentos de mulheres, a CUT e sindicatos irão às ruas da capital em defesa da democracia, contra os retrocessos e para dizer não à reforma da Previdência. A concentração será às 16 horas, na Praça Oswaldo Cruz, no Paraíso. Às 18 horas, as mulheres sairão em marcha pela Avenida Paulista.
O objetivo também é denunciar os retrocessos que as mulheres sofreram com o governo Temer. “Vamos intensificar nossa luta nas ruas e nos locais de trabalho em defesa de nossos direitos e da vida das mulheres. As políticas públicas estão sendo afetadas e, além disso, há cortes no orçamento para programas de combate à violência e autonomia das mulheres”, afirma a secretária da Mulher Trabalhadora da CUT-SP, Márcia Viana.
Ainda na capital paulista, “A realidade da jornalista: direitos e democracia” é o tema do debate que o ocorre nesta segunda (5), às 19 horas, no Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo. O evento vai abordar o cotidiano da mulher nas redações e questões de assédio moral e sexual. As convidadas são as jornalistas Marlene Bergamo, Rita Lisauskas e Rosane Borges.
Já a Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da Universidade de São Paulo (USP) realizará nesta quinta a conferência “Mulher, Academia e Política”, às 10 horas. Com o objetivo de debater a situação das mulheres na Academia e na Política, o evento terá a participação das professoras Eva Alterman Blay (USP) e Lena Lavinas (UFRJ).
A Rede Nossa São Paulo promoverá reflexões sobre o papel da mulher na cidade, na próxima quinta-feira. A organização divulgará os resultados da pesquisa “Viver em São Paulo: Mulher”, além de debater sobre preconceito e discriminação contra a mulher no trabalho, assédio e cuidado com os filhos. O evento terá início às 11h30, no Sesc Parque Dom Pedro, com a presença de Esther Solano, pesquisadora e doutora em Ciências Sociais, a vereadora Sâmia Bonfim (Psol) e Joice Berth, arquiteta e urbanista.
A Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab) inicia nesta segunda (5), no Campus da Liberdade, em Redenção (CE), a Programação Unificada da Semana da Mulher. Hoje, haverá roda de conversa sobre heroínas negras, com o projeto de extensão “Sobre o corpo feminino – literaturas africanas e afro-brasileira”, com a facilitação da professora Luana Antunes, do Instituto de Humanidades e Letras (IHL).
Já na terça-feira (6), a programação conta com a mesa “Mulheres em movimento: a resistência nas universidades e nas ruas”, com participação do Diretório Acadêmico Estudantil da Unilab. No dia 8 haverá a Marcha pela Democracia e o Fim da Violência contra as Mulheres, às 8h30, saindo do Campus da Liberdade em direção ao Centro de Redenção.
Na Paraíba, a Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) também terá atividades. Às 7 horas, haverá a Marcha pela Vida das Mulheres e pela Agroecologia, em São Sebastião de Lagoa de Roça. Durante tarde, no mesmo dia, está prevista uma apresentação, às 17 horas, do coral Coro em Canto, da UFCG, na sede da ADUFCG e, em seguida, uma mesa redonda com o tema: Estratégias de Combate ao Assédio e a Violência contra as Mulheres.
Em Ouro Preto (MG), também no dia 8, a União Brasileira de Mulheres (UBM) realizará o ato “Greve Internacional de Mulheres: solidariedade é a nossa arma”, às 16 horas, na Praça Tiradentes. A manifestação reunirá as diversas lutas das mulheres contra todos os tipos de violência e ataques sofridos.
Para discutir o assédio sexual no trabalho, o Ministério Público do Trabalho (MPT) promove na quinta, em Recife, debate que também lançará uma campanha apontando como enfrentar a situação, conscientizando trabalhadores e empresas. O evento será às 10 horas, na sede do MPT (Rua 48, 149).
Em Brasília, a Escola Nacional de Administração Pública (Enap) e a embaixada da França no Brasil realizam a “Conferência & Debate: Os desafios do combate à violência contra a Mulher”, na sexta-feira (9), às 14h30, na Sala Le Corbusier da embaixada. Estão confirmadas as participações de Alice Debauche, escritora e socióloga francesa, e Djamila Ribeiro, pesquisadora e feminista.