Manifestações em homenagem a Marielle são proibidas em estádios

Em ao menos três situações diferentes, no último final de semana, torcidas foram proibidas de erguer faixas ou entoar cantos que remetessem ao assassinato da vereadora do PSOL; proibições contrariam o Estatuto do Torcedor

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É comum na história do futebol as manifestações de cunho social e político se fazerem presentes nos estádios. Desde a semana passada, as principais mobilizações no Brasil têm sido as de protesto à morte da vereadora do PSOL, Marielle Franco, brutalmente assassinada na última quarta-feira (14). As homenagens a ativista dos direitos humanos e protestos contra a violência tomaram conta das ruas do país mas, na contramão da história, foram coibidas nos estádios. Uma reportagem do Lance! mostra que as manifestações em prol de Marielle Franco foram proibidas em ao menos três partidas de futebol diferentes no último final de semana. Na partida entre Cruzeiro e Patrocinense realizada no estádio do Mineirão no último sábado (17), parte da torcida do Cruzeiro levantou uma faixa com os dizeres "#MariellePresente" que foi retirada por seguranças sem nenhuma justificativa plausível. A empresa que administra o estádio, por sua vez, informou apenas que "atos de manifestação, comunicados previamente, têm acontecido de forma organizada e, ainda, recebido apoio das mídias do estádio”. O mesmo aconteceu com parte da torcida do Grêmio no clássico contra o Internacional no mesmo final de semana. Uma faixa com os mesmos dizeres teve que ser retirada depois da intervenção de seguranças. Já no Rio de Janeiro, a torcida do Bangu entoou cantos ligados ao caso de Marielle e também foi coibida por seguranças. Esse tipo de proibição vai contra o Estatuto do Torcedor, que diz em seu 13º que as únicas proibições são de cartazes, bandeiras, símbolos ou outros sinais com mensagens ofensivas, inclusive de caráter racista ou xenófobo". Confira a reportagem completa sobre o assunto aqui.